Lendo o texto "Declaração de Independência de um habitante da Terra no século XXI", do professor Antônio Mendes Ribeiro, duas partes em especial me chamaram a atenção:
"Se me derem acesso a uma rede digital serei capaz de criar, co-criar, não somente consumir conhecimento. Não serão os hábitos arraigados por muitos anos, nem interesses excusos que me impedirão de fazê-lo."
"Não queremos que os outros pensem por nós, queremos ler o que nos diz respeito, ouvir o que queremos, reconstruindo e personalizando o conhecimento criado pelos outros."
O texto é bastante interessante e retrata bem o perfil ideal de uma pessoa que realmente vive a Era do Conhecimento, fazendo uso intensivo das ferramentas e dos meios disponíveis para interação e troca com o mundo, abandonando de vez a figura do ser passivo e reclamando seu lugar ao sol!
Porém, na minha humilde opinião, são raras as pessoas que realmente possuem esse perfil. Raros são aqueles que declararam sua independência.
O que vejo hoje é uma grande massa de imigrantes, um êxodo midiático, de expectadores da televisão para expectadores da internet: os mesmos seres passivos de outrora, agora continuam apenas consumindo o que é veiculado pela nova mídia.
Assim, faço o seguinte questionamento: dado o perfil do internauta atual, quão realmente independente somos?
Participe e dê sua opinião!
O texto original é um pensamento filosófico, que não reflete a situação atual e que estamos longe de chegar. Será mesmo que nós somos capazes de produzir conhecimento que sejam capazes de evoluir o atual "estado da arte"? A grande rede de computadores tem um potencial gigantesco, porém esbarra em pessoas incapazes tentando demonstrar algum conhecimento que elas supõem ter. Quantas vezes nos deparamos com foruns, wiki's que possuem informações inválidas? O que vejo hoje é uma minoria capaz de gerar informação e a grande maioria de pessoas copiando tais informações, a famosa geração CTRL+C, CTRL+V.
ResponderExcluirImagino que a facilidade de participar da construção do conhecimento, possibilitada pela internet, incentivou pessoas que ainda não possuia tal poder a participar um pouco mais ativamente. No entanto, podemos afirmar que a maioria esmagadora dos internautas mantém o mesmo perfil de telespectador de informações, assim como nas demais mídias um pouco mais fechadas.
ResponderExcluirOutra questão que observei é que as pessoas que começam a participar da criação de conhecimento, nem sempre leva isso adiante, tendo uma participação pontual. Poucos são os que realmente demonstram suas opiniões, crítticas, avaliações de forma constante durante um longo tempo.